Setembro, 1993.

{ ler ao som de No More Tears | Ozzy Osbourne }

Quer dizer que já em 1993, aos 17 anos, setembro e o prenúncio da primavera já era tão significativo em nossas vidas? Algumas vezes, surpreendo-me ao descobrir em nosso passado querências e preciosidades que eu julgava ter adquirido quando adulta, anos mais tarde pós adolescência.

Será que vivi um tempo no limbo, no qual me distanciei tanto da essência desta jovem, para esquecer do que era importante para nós naquela época?

Setembro

Hoje, todas as estações têm sua importância em minha vida. Verdade que pareço um urso, que deseja hibernar nos dias frios do inverno e parece renascer nos dias quentes da primavera e verão. Mesmo que nosso clima não seja assim tããão certinho. Mas, eu sinto e vivo a fase de recolhimento e de expansão de cada estação do ano.

Céu de setembro 2014
Céu de 1 de setembro, 2014

Voltando nesta segunda-feira do trabalho, sentada ao lado da janela, senti imenso prazer com o vento batendo em meu rosto, aquela temperatura agradável, que só mais tarde caiu, observando os corredores e caminhantes na Avenida Sumaré. Sabe, sensação boa de florescer, de recomeços. E primavera é tempo de plantar. Acho tão lindo.

Ainda é inverno. As madrugadas são frias, mas os dias têm sido ensolarados. E dentro de mim, o sol parece brotar de forma intensa, aquecendo e nutrindo novos sonhos e ideias. Cabeça florindo.

Flores.

Orquídeas.

Sol.

Cor.

Inspiração.

Muito permanece igual. 🙂

Confesso que não gosto do tom final – triste – da página da agenda. É, não há como negar nosso lado drama queen desta época. Pelo que leio, no decorrer dos diários, a nossa fase de vítima infeliz foi longa, viu? Perdurou por muitos anos, adentrando a idade adulta. Um dia ela acabou. Não lembro quando. Quem sabe algum diário me responda.

Merecemos a felicidade, menina! Merecemos o melhor. E espero que aí, em setembro de 1993, você ouça isso. 😉

Amo-te! ♥